...prometemos ser breves!
31/03/2010
30/03/2010
..semana maior
...uma Santa Páscoa para ti!
27/03/2010
...never underestimate the power of stupid people
Aparentemente ontem amanhecemos monárquicos. Não sei se é sintoma do défice de credibilidade política ou antes de falta de qualidade das gentes política, mas certo é que por momentos o azul do céu brilhou mais alto, lá em cima, bem perto do fálico memorial à cidade de Lisboa que o nosso Cutileiro nos agraciou.
Ontem aparentemente também foi um dia diferente. Logo de manhã penduram mais um retrato [afinal ela ri-se!!] da ex-presidente do partido laranja, não sei se no corredor do hall da entrada do palácio de São José à Lapa ou se na escadaria de heróis caídos que dá acesso ao gabinete do actual, novo e melómano Pedro Passos Coelho. É engraçado ter um presidente de um partido com lições de canto. Esperemos que não seja o canto da sereia, porque dali, daquele saco de gatos como o Alberto dixit, imolam-se líderes promissores. Confesso a minha contida euforia pelo resultado, digo contida pois ainda há muito cotão no soalho para limpar. Dando o benefício da dúvida, os próximos meses, ou quiçá semanas serão determinantes para o jovem novel presidente. Mas o desafio é aliciante, senão vejamos: à alguns meses atrás estávamos com uma economia pujante, a crise que lá fora fazia mossa, por cá apenas chamuscava ligeiramente o governador do BdP, por causa de dois pequenos bancos que ninguém se lembra [um deles parece que vai falir??]. Entretanto vêm as eleições e passados mais uns 3 meses eis que afinal estamos perante uma urgência nacional, uma espécie de salve-se quem puder à vista desarmada com um primeiro ministro que não bastasse os escândalos onde se vê directa ou indirectamente envolvido, perdeu completamente a credibilidade [este adjectivo não sei se será o mais adequado?]. Se nos debruçarmos-nos atentamente para as medidas que o actual [por enquanto!!!] governo tomou desde que tomou posse, somos invadidos por uma série de interrogações.
Primeiro surgiram com aquela ideia peregrina de criar uma conta com 200 euros [uma espécie de lotaria para os incrédulos] para entregar aos papás babados. Claro que com umas condições especiais, mas isso ficaria para outra oportunidade. Depois montaram tendas aqui e ali [menos na Ota] para anunciar os megaplanos que iriam salvar Portugal do isolacionismo a que estava votado. Faltam-nos auto-estradas, sem dúvida, e necessitamos urgentemente [como de pão para boca] de um novo aeroporto e de um conjunto alargado e massivo de linhas de alta velocidade., para que os nosso amigos de Madrid e Huelva possam vir tomar o pequeno almoço ali ao quiosque da Gare do Oriente e já agora um perninha até ás praias da Costa da Caparica [não sem antes saborearem a bicha na 25 de Abril!]. Entretanto, e continuando na saga do nepotismo, incompetência e bazófia barata, chegaram à conclusão que afinal sempre ouve um Primeiro-ministro que fizesse melhor do que o próprio Sócrates em termos de défice e desemprego: o próprio. Arranjou-se um conjunto de medidas circunstanciais de apoio à economia e responsabilizou-se a crise internacional pelas maleitas do défice público. Com uns toques de marketing desenxabido, e uma artifícios de natureza pouco credível, montou-se a tenda e lançaram-se novos mega-negócios das energias renováveis, como isso fosse a tábua de salvação desta nossa jangada de pedra. O problema foi mesmo o maldito do locutor que acabou por estragar a festa do croquete ao trocar a posse e a dignidade que o momento impunha pela sátira e a paródia [Never underestimate the power of stupid people!!]
Mas tão avassaladora como as mudanças no triste e errático Código Processo Penal, ou as bolinações na política da educação, é o facto de na actualidade, ficarmos com a nítida sensação que este PM está mais interessado em aproveitar as saídas oportunas para compromissos de última hora, ou introduzidos à pressa na agenda [et pour cause?) e fica ainda um indelével impressão [tipo moinha!] que anda a fugir aos jornalistas[esta já sabemos bem a causa!]. felizmente ao não, temos um ministro das finanças, que no meio da embrulhada do novo executivo, é aparentemente o homem do leme. Goste-se ou não se goste, o PEC está aí. É necessário, e poderia ter ido muito mais além. Talvez não fosse mesmo necessário comprometer o futuro imediato das camadas mais necessitadas da população se tivesse havido coragem para ir mais longe em matéria fiscal no tocante às mais valias bolsistas [talvez resida aqui a parcimónia e noblesse do voto de confiança dos banqueiros?!].
Para os mentores e defensores do actual aparatchik aqui vão alguns inúmeros ilusórios da dívida pública [melhor só mesmo a indisciplina nas escolas!]:
2004: 62,9% do PIB
2005: 68,3% do PIB
2006: 69,9% do PIB
2007: 69,1% do PIB
Ontem aparentemente também foi um dia diferente. Logo de manhã penduram mais um retrato [afinal ela ri-se!!] da ex-presidente do partido laranja, não sei se no corredor do hall da entrada do palácio de São José à Lapa ou se na escadaria de heróis caídos que dá acesso ao gabinete do actual, novo e melómano Pedro Passos Coelho. É engraçado ter um presidente de um partido com lições de canto. Esperemos que não seja o canto da sereia, porque dali, daquele saco de gatos como o Alberto dixit, imolam-se líderes promissores. Confesso a minha contida euforia pelo resultado, digo contida pois ainda há muito cotão no soalho para limpar. Dando o benefício da dúvida, os próximos meses, ou quiçá semanas serão determinantes para o jovem novel presidente. Mas o desafio é aliciante, senão vejamos: à alguns meses atrás estávamos com uma economia pujante, a crise que lá fora fazia mossa, por cá apenas chamuscava ligeiramente o governador do BdP, por causa de dois pequenos bancos que ninguém se lembra [um deles parece que vai falir??]. Entretanto vêm as eleições e passados mais uns 3 meses eis que afinal estamos perante uma urgência nacional, uma espécie de salve-se quem puder à vista desarmada com um primeiro ministro que não bastasse os escândalos onde se vê directa ou indirectamente envolvido, perdeu completamente a credibilidade [este adjectivo não sei se será o mais adequado?]. Se nos debruçarmos-nos atentamente para as medidas que o actual [por enquanto!!!] governo tomou desde que tomou posse, somos invadidos por uma série de interrogações.
Primeiro surgiram com aquela ideia peregrina de criar uma conta com 200 euros [uma espécie de lotaria para os incrédulos] para entregar aos papás babados. Claro que com umas condições especiais, mas isso ficaria para outra oportunidade. Depois montaram tendas aqui e ali [menos na Ota] para anunciar os megaplanos que iriam salvar Portugal do isolacionismo a que estava votado. Faltam-nos auto-estradas, sem dúvida, e necessitamos urgentemente [como de pão para boca] de um novo aeroporto e de um conjunto alargado e massivo de linhas de alta velocidade., para que os nosso amigos de Madrid e Huelva possam vir tomar o pequeno almoço ali ao quiosque da Gare do Oriente e já agora um perninha até ás praias da Costa da Caparica [não sem antes saborearem a bicha na 25 de Abril!]. Entretanto, e continuando na saga do nepotismo, incompetência e bazófia barata, chegaram à conclusão que afinal sempre ouve um Primeiro-ministro que fizesse melhor do que o próprio Sócrates em termos de défice e desemprego: o próprio. Arranjou-se um conjunto de medidas circunstanciais de apoio à economia e responsabilizou-se a crise internacional pelas maleitas do défice público. Com uns toques de marketing desenxabido, e uma artifícios de natureza pouco credível, montou-se a tenda e lançaram-se novos mega-negócios das energias renováveis, como isso fosse a tábua de salvação desta nossa jangada de pedra. O problema foi mesmo o maldito do locutor que acabou por estragar a festa do croquete ao trocar a posse e a dignidade que o momento impunha pela sátira e a paródia [Never underestimate the power of stupid people!!]
Mas tão avassaladora como as mudanças no triste e errático Código Processo Penal, ou as bolinações na política da educação, é o facto de na actualidade, ficarmos com a nítida sensação que este PM está mais interessado em aproveitar as saídas oportunas para compromissos de última hora, ou introduzidos à pressa na agenda [et pour cause?) e fica ainda um indelével impressão [tipo moinha!] que anda a fugir aos jornalistas[esta já sabemos bem a causa!]. felizmente ao não, temos um ministro das finanças, que no meio da embrulhada do novo executivo, é aparentemente o homem do leme. Goste-se ou não se goste, o PEC está aí. É necessário, e poderia ter ido muito mais além. Talvez não fosse mesmo necessário comprometer o futuro imediato das camadas mais necessitadas da população se tivesse havido coragem para ir mais longe em matéria fiscal no tocante às mais valias bolsistas [talvez resida aqui a parcimónia e noblesse do voto de confiança dos banqueiros?!].
Para os mentores e defensores do actual aparatchik aqui vão alguns inúmeros ilusórios da dívida pública [melhor só mesmo a indisciplina nas escolas!]:
2004: 62,9% do PIB
2005: 68,3% do PIB
2006: 69,9% do PIB
2007: 69,1% do PIB
2008: 71,3% do PIB
2009: 80,6% do PIB
2010: 87,7% do PIB
Em 2013 logo se verá!?
Ama-se ou deteste-se [o PEC! não o Sócrates] é com ele que iremos conviver nos próximos 4 anos, isto se entretanto lá para as bandas da longínqua Europa não houver alguma implosão maior do que a pobre Grécia! Afinal de contas os Gregos aldrabaram toda gente e aqui apenas um punhado de adeptos [pelos vistos a minoria relativa que governa!] o foi! A pergunta que paira é se existe mais alguma grécia encapotada?
Fora isso, e com mais ou menos chuva, as nossas finanças estão bem e recomendam-se!!
2009: 80,6% do PIB
2010: 87,7% do PIB
Em 2013 logo se verá!?
Ama-se ou deteste-se [o PEC! não o Sócrates] é com ele que iremos conviver nos próximos 4 anos, isto se entretanto lá para as bandas da longínqua Europa não houver alguma implosão maior do que a pobre Grécia! Afinal de contas os Gregos aldrabaram toda gente e aqui apenas um punhado de adeptos [pelos vistos a minoria relativa que governa!] o foi! A pergunta que paira é se existe mais alguma grécia encapotada?
Fora isso, e com mais ou menos chuva, as nossas finanças estão bem e recomendam-se!!
21/03/2010
...primavera
a deslizar, pausado, na planura.
Mensageiro moroso
dum recado comprido,
di-lo sem pressa ao alarmado ouvido
dos salgueirais:
a neve derreteu
nos píncaros da serra;
o gado berra
dentro dos currais,
a lembrar aos zagais
o fim do cativeiro;
anda no ar um perfumado cheiro
a terra revolvida;
o vento emudeceu;
o sol desceu;
a primavera vai chegar, florida.
Miguel Torga
...que venha! e que traga o calor que o inverno roubou, e o sol que o tempo esvaziou!
18/03/2010
...anjo da guarda
(foto by: blandisca)...escrevo estas palavras num período de praia-mágoa como diria Pessoa. Algo se passa no horizonte, mas por mais distante ou menos claro que seja o ondular do mar, o fim não se advinha e o presente não se retrata. Ainda invocando o poeta que escreveu um dia:
O sonho é ver as formas invisiveis
Da distância imprecissa, e, com sensíveis
Movimentos da esperança e da vontade,
Buscar na linha fria do horizonte
A árvore, praia, a flor, a ave, a fonte-
Os beijos merecidos de verdade.
Também eu anseio por essa capacidade de entender o que as pedras ocultam, e o que o vento sussura incessantemente.
Por onde andas tu meu anjo da guarda?porque obras e esforços intérpidos me silencias o caminho e apagas o sentido da clareza?
03/03/2010
...não respondo
Estou e não me respondo. Assisto. Em mim se decide
um inútil afã e se some
a vida que me preside.
E passo, ainda... Meu nome
há muito não coincide
comigo se estar se consome
e tantas vezes me elide.
Me move o tempo mais frio
de tanto pranto afogado
num quase mito de mim.
Vou morando em desvario
quase em sonho inaugurado
para um começo, meu fim.
Maria Ângela Alvim
02/03/2010
...palpitar
01/03/2010
..numa gaiola de vidro
Como paredes através das quaiso mundo vemos pelo ser dos outros,
quem vamos conhecendo nos rodeia,
multiplicando as faces da gaiola
de que se tece em volta a nossa vida.
No espaço dentro (mas que não depende
do número de faces ou distância entre elas
nós somos quem nós somos: só distintos
de cada um dos outros, para quem
apenas somos uma face em muitas,
pelo que em nós se torna, além do espaço
uma visão de espelhos transparentes.
Mas o que nos distingue não existe.
Jorge de Sena
(foto by: José de Almeida & Maria Flores)
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