27/06/2006

RED


...é vermelha, bela e infinitamente perfeita mas pérfida por natureza e triste. Tal como a figueira que amaldiçou um judas, marcou o metade da humanidade com um pecado dito original, mas que nada adiantou. Foi essa mesma nota de cor que perante a pureza e ingenuidada de um branca de neve, nos adormeceu com uma maçã oferecida por uma bette-noire ignóbil e demente, obcecada pelo narcisismo de um espelho que reflecte e não erra. É também com essa mesma maçã que o ingénio humano descobre a gravidade. É a seiva que nos escorre impulsionada pela alma, a mesma que nos fere com paixão. Vermelho é Marte, guerra, é a força é a garra. .É o rubedo para os alquimístas. Vermelho é belo, esquerda. Vermelho é sexy, é uma rosa. É sangue.

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