...ar! necessito ar fresco..ah! assim está melhor. Não sei se reparam mas o ar que se respirava hoje de manhã estava mais límpido e refrescante. Tão puro, que nem a maresia que o vasto mar trazia no odor da manhã era capaz de provocar tamanha sensação de serenidade. Acabou a dita asfixia democrática! Após 4 e penosos longos anos ficamos livres de um regime absolutista. Uma casta ideólogos (para não utilizar outro sinónimo) que não sabia conjugar o verbo negociar, nem verbalizar a palavra debater. Um vazio de ideias que se se sobrevalorizava constantemente e que fazia nascer em cada foco de contestação uma possível e imediata força anti-democrática e inoportuna. O diálogo era substituído pela ignorância e pela perversa empatia por aqueles que se rebaixavam à voz da razão única. Andamos cegos com tamanha manifestação de luminosidade, cegos num mundo de faces sem rosto, que seguiam uma candeia a petróleo numa noite de escuridão absoluta. Numa manhã quente de Outono saímos na escuridão da incerteza, e cientes da nossa vontade, decidimos todos [muitos] fazer renascer o dia seguinte com o brilho natural. Eles [os iluminados] empunharam a tocha da vitória, mas no final quem ganhou fomos todos juntos [mais ainda] cada qual com a sua forma de estar na vida e de pensamento [a diferenciação]. É este o verdadeiro sabor da democracia, o exercício da liberdade de expressão, a férrea vontade de dizer basta!
A partir de agora nada será como dantes [oxalá!], pois o tempo da luz que tudo controla [sem escutas, tá claro!] dá lugar ao exercício da razão. A partir de agora não vai existir mais uma vontade férrea, inflexível, essa fica para o passado. De agora em diante fala a vontade de cada um de nós: a pluralidade.
Aproveitemos então esta longa e bela manhã de Outono...pois o tempo da castanhada está próximo!...amanhã logo veremos!
(imagem retirada do blog Gotinhas de luz))
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