…não deixa de ser curioso o poder que um simples quadrado preto com fundo branco pode ter no destino desta nossa empresa falida.
…este foi o resultado daquela outra vida que existia para além do défice. Pegando nas palavras de um dos manos Costa, começa já amanhã a outra vida para além da troika.
…então que seja possível então um país onde a justiça seja célere e acessível para todos, um país em que o Estado que saiba utilizar o dinheiro dos contribuintes de forma sustentável e sem dará alarido a desvarios e projectos faraónicos. Um país que aposte nas novas tecnologias e no ensino de qualidade. Não num país de falsas oportunidades. Num país em que os professores, médicos, juristas, poetas, escritores, o cidadão comum, sejam respeitados e que de um a vez por todas lhes seja dada oportunidade para fazerem aquilo que melhor sabem. Apenas!
Um Estado que olhe para cultura e para a investigação, não como um mero instrumento de propaganda e de estatística, mas como uma aposta para o próprio país. Se somos conceituados quando estamos lá fora, porque é que somos sempre empurrados para sair?
Um Estado que cobiça novos investimentos com base na mão-de-obra desqualificada e dos baixos salários, é um estado que autocondena o seu futuro.
Um país em que a promoção e a evolução na carreira seja por consequência da competência e da entrega de cada um, e não por compadrios, cunhas ou direitos adquiridos sabe-se lá por que razão. Um país em que sejam dadas oportunidades e estímulos àqueles que não tem meios de defesa ou alternativa.
Um Estado social que sirva para ajudar os que mais dele necessitam e não aqueles que o parasitam. Uma Escola em que o ensino seja uma actividade e não um meio convulsão social. Uma educação que sirva e não se deixe servir pelos interesses obscuros dos sindicatos. Na saúde, uma rede de cuidados paliativos tendo em conta a própria demografia do país, o mesmo se aplicando à rede de creches escolares. Uma rede de instituições de saúde e ensino onde seja possível a integração e complementaridade de instituições públicas e privadas. Integrar o privado não é necessariamente destruir o público.
Um Estado em que o ser público implica haver desperdícios ou má gestão sem qualquer tipo de sanção é um Estado que não honra os seus cidadãos.
Um Estado em que as parcerias público privadas não signifiquem lucro para uns e prejuízo para os contribuintes. Um Estado em que as corporações (uma invenção do Estado Novo) são ouvidas, mas não se impõem pela força.
Um Estado que soçobra sobre a força dos lobbies, dos interesses de alguns grupos não serve os cidadãos. O Estado somos todos nós. Por isso, em cada cadeira na Assembleia da República em cada palavra que se faça voz, faça-se sentir o apelo de cada um de nós.
Um Estado em que a luta contra corrupção é um objectivo claro, e não um conjunto de ideias vagas e objectivos guardados numa qualquer gaveta de uma qualquer Comissão.
..não interessa se são 9, 10 ou 12, interessa que sejam competentes e rectos na decisão. Que saibam honrar a confiança depositada, e que saibam gerir com rigor e consciência o dinheiro dos nossos impostos. O erário público não é deles, é de todos nós.
Será pedir muito?
Agora escolham!...
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