20/03/2023

...nice things




 "Muda-se pouco, mas a vida muda por nós." 

Eduardo Lourenço

Tal como escrever Cervantes na obra-prima Dom Quixote a liberdade é um dos dons mais precioso do Homem. A liberdade não pode ser guardada num cofre, nem escondia sob areia da praia ou afundada mais profundo mar. 

A liberdade é uma escolha. Eu fiz a minha: desobedecer à lógica da predeterminação. Deixar de viver numa espécie de círculo vicioso, sem princípio ou fim, num miasma quase cristalizado. Continuar nesse ciclo, sem ter qualquer tipo de alegria nem viver gera, numa primeira análise, incerteza, depois angústia e por fim o apagamento do ser. A vida deixava de ter uma finalidade, pouco coerente; quase ilógica.

Ninguém de estar onde já não existe.

Não existem razões lógicas para que a vida  seja um problema constante. A vida não é um problema para ser resolvido, pelo contrário, deve ser vivida, com alegria, com curiosidade.
É justamente neste processo que acontece a mudança. O que cada um escolhe diz respeito a si mesmo - a liberdade, mudança. Chamem-lhe o que quiserem!

Existir passa a significar ter a liberdade de escolha. Sem dramas, com muita abertura de espírito; sempre em busca de algo novo, surpreendente. De momentos felizes, mas sobretudo de coisas boas.


1 comentário:

Anónimo disse...

A escolha da tua liberdade deve ter sido maravilhosa para ti, no entanto trouxe uma prisão para outro. Esse outro que poderia ajudar a resolver os problemas que não desapareceram e que tu não quiseste resolver há muito tempo...Esse circulo vicioso de que falas foi criado por ti. Não tiveste capacidade para falar com o outro. O teu ego é maior que tudo o resto! O outro também se sentia sem qualquer alegria e angustiado, mas não foste capaz de falar nem tentar perceber o que se estava a passar.
A tua escolha foi um fugir dos problemas que não desapareceram só porque não estás todos os dias a olhar para eles. A vida tem muitos problemas para serem resolvidos e só assim a vida em si deixa de ser um problema.
A tua capacidade de existir agora longe de tudo, tornou a capacidade de existir do outro cada vez menor até ao ponto da não existência.