(José Malhoa, 1918)
Todos os anos é sempre o mesmo ritual. Os últimos abraços, as lágrimas que a saudade leva, o último olhar transbordado por um longo adeus que se perpetua à medida que se vislumbram os último passos no horizonte. É assim em muitas casas, em muitos lugares esquecidos. O esquecimento esse, o tempo não apaga. Dentro de meses a vontade de regressar ao berço canta mais forte do que a necessidade de ir mais longe, para poder viver. É assim desde sempre e sempre assim será.
“É nossa sina não caber no berço. Desde os primórdios que somos emigrantes.
O português pré-histórico já era aventureiro, navegador, missionário, semeador
de cultura.”Miguel Torga
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