...se ao menos houvesse alguém que convencesse quem detém o poder, para importância do clima e do ambiente para a solução de muitos dos problemas que afectam o planeta!
"O mundo e um livro belo, mas é pouco útil para quem não sabe lê-lo."
Este país não é para fracos. Quando era pequeno nos últimos bocejos da televisão a preto e branco, no tempo do mono e da onda média, ouvia falar em crise. Depois veio a cor, deixamos de ter aqueles filtros inúteis estilo banha da cobra em formato arco-íris, para nos ludibriar a vista [um pouco com o preço dos bilhetes para os filmes 3D actualmente!] e mantivemos o acento tónico na crise. Entretanto alguém se lembrou que estávamos agarrados à Europa e entramos no Club Vip, mas a crise essa também nos acompanhou. Chegados a 2009, voltamos a viver a mãe de todas as crises! Como diria muito bem o nosso Sócrates "está para nascer um primeiro-ministro que faça melhor no défice”, é verdade, pior só mesmo o próprio. Então se olharmos atentamente para a margem de progressão no desemprego, o panorama ainda é mais arrepiante! Vivemos estes doze meses num autêntico exílio de ideias e ideais, fomos bafejados com a triste sina de três actos eleitorais que apenas serviram para demonstrar a inexistência de soluções tanto à esquerda como à direita. Passamos metade do ano a discutir o medo de dizer a verdade, a asfixia democrática, o medir de ir contra o aparatchik, e outra metade com notícias de escutas entre o local mais sagrado de Portugal, Belém e o lugar mais santificado, São Bento, como se os Deuses estivessem loucos, e a garrafa de Coca-Cola nos caísse em cima.
Exultaram os ressabiados de um lado e vilipendiaram os ofendidos do outro. No final meia dúzia de cassetes e muita coisa por explicar. Qual país da américa latina, temos um primeiro-ministro que é acusado de falsear a o seu grau académico, de ter amigos com ligações perigosas, que coloca escutas, que dá uma ajuda em negócios obscuros, que se irrita facilmente, e que troca de telemóvel como quem troca de ceroulas. Enfim, o aquecimento é global, mas a culpa também é dele. Também temos a sorte de ter uma oposição que entre os caos e as guerras serôdias dos barões do PSD com uma líder titubiante inapta políticamente, que se vê constantemente relegada para um plano menor, por um demagogo barato "trotskista", que golpeia a golpes de picareta todos aqueles que hasteiam as bandeiras da esquerda democrática ou, o que dizer do pupilo do Pai dos Povos, esse Estaline incompreendido? sobra-nos sempre o eterno adónis,o jovem Portas, amante do Farmville e de tudo o que diga respeito a peixeirada e a comissões parlamentares (que é basicamente a mesma coisa!). Este ano em que os senhores do capital olharam para a calculadora, em que os bancos multiplicaram lucros, enquanto famílias numerosas ficavam sem casa, sem futuro e sem esperança, nem mesmo a baixa dos spreads bastou para aliviar o pesado fardo da profunda crise de ânimo. Sente-se a tristeza no gume de cada rosto.
Num ano em que se fez história com o tal défice (que é a culpa dos outros!), postularam-se novas formas de previsão das contas públicas, ,mas animem-se as hostes, pois o nosso train à grande vitesse já arranca qual comboio a vapor [enquanto mergulhamos a centenária linha do Tua], e o futuro aeroporto já não é uma miragem no deserto que um dia alguém quis acreditar que existia. Ainda respira este país, apesar da crise! Que o digam os concessionários da Porsche e as agências de viagem neste final de ano, fora o resto. O mesmo não se pode dizer do inquilino de Belém que, para além promulgações comentadas, nada mais diz a não ser "Não comento"!
Felizmente este ano há eleições presidenciais, quem sabe se não vamos ter uma surpresa!!Quem excelente tónico seria se a alegria invadisse de novo esta gente que tão bem sabe a amar os seus poetas! Como diria um colunista do DN, em Portugal não se reconhece o valor da liberdade. Ainda não revelamos todas as conquistas de Abril, pois há ainda [e infelizmente!] muito joio a desbravar, olha por exemplo na justiça, que afinal não surda, nem cega. Ouve bem , e de quando em vez parece que ouve demais! Outra particularidade, é que é mais lenta que a tartaruga, mas uma verdadeira lebre no que toca a injustiças e prescrições.
Mas chega de prolixidade, vamos ao que interessa, às contas de merceeiro para o Ano Novo que se aproxima:
- Em primeiro lugar, emprego! Um emprego que possibilite acordar cedo e reclamar que nunca mais é feriado, ou que nos faça sorri ao final da semana, véspera de fim de semana; - Saúde..para podermos, adormecer descansados em cima de um livro que demora uma eternidade a folhear; - Tempo...para podermos brincar, sonhar e desejar que os números certos cheguem finalmente um dia destes, e que deixemos de ser mecenas anónimos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa; - Fé..para podermos acreditar - Acreditar...que somos pessoas de bem;
...e o resto das coisas banais com que geralmente nos engasgam ao engolir as 12 passas inoculadas no espumante barato, enquanto lá fora milhões explodem em alegria no ribombar de explosões de luz e cor!..e outros tantos nem por isso....
Feliz Ano Novo e Votos de um 2010...um bocadinho melhor que este que agora se vai! ...de má memória inscreva-se na lápide!
PS: ...alguém se importa de baixar a merda da temperatura do planeta, por favor!?e j´agora que apague a luz que a a EDP vai aumentar as tarifas!
...há várias maneiras de terminar bem um ano, mas creio que nenhuma delas é sair de uma reunião no Ministério da Educação com um punhado argumentações vazias e impasses retóricos. Parece ser a sina de quem sobe o elevador. Confesso que se fosse líder sindical, optava por subir as escadas...entrava, sentava-me após um sorriso de ocasião e seguidamente fazendo uso da palavra dava um murro na mesa e atira a jarra de flores ou a garrafa de meio litro de água à minha frente em direcção à janela!
Durante o ano, todos observamos a romaria dos professores até à capital, com ou sem tupperware, com este ou aquele slogan menos agradável, conseguiram algumas pequenas derrotas, que culminaram na recusa!? da anterior ministra em prolongar o seu auto de fé em prol da Educação do País. Pouparam nas viagens de autocarro, e nos rissóis, e todos sorrimos quando dos livros Uma Aventura, aconselhada certamente pelas gémeas pelo João o Pedro e o Chico (entre outras personagens fabuladas nos livros da nossa nova ministra), surge a sorridente e determinada substituta da bruxa má. Os primeiros tempos prometiam garra e uma vontade canibalística para resolver todos os problemas, com uma nova e gasta fórmula.: o diálogo. Confesso que até o Mário Nogueira deve ter aparado o bigode de desconfiança perante aquele sorriso de orelha a orelha que a todos conquistou, na sua primeira entrevista com a Judite Sousa. Agora, excedido o benefício da dúvida, esgotadas todas as indulgências da juventude desta equipa, somos confrontados com a irredutibilidade entre ambas partes, o mesmo conjunto de críticas, de clivagens, os mesmos argumentos, uma verdadeira analepse.
Meus senhores....entendam-se!...a bem da educação!!...se o problema são quotas que acabem as mesmas, pois quem tem mérito deve progredir, se o problema é a avaliação, avalie-se com rigor e exigência necessários. Não é necessário criar generais, cabso rasos ou sargentos, pois na escla educa-se. Para educar só é necessário um posto: o professor.
Essa coisa do bom, do muito bom e do excelente começam a ser figuras de estilo a mais, para justificar um mal maior que ameaça a própria sustentabilidade do País, refiro-me à qualidade da educação e sucessivas experiênicas mal sucedidas. Se o Bom é demasiado abrange como diz a ministra [ou banal nas entrelinhas!] como é que entende a posição dos sindicatos em exigir que todos possam atingir o topo da carreira? Modestamente não entendo, assim como não entendo a relutância do ministério em fixar "plafonds" na progressão.
O que os professores e seus representantes deviam discutir devia ser o conteúdo, ou seja, medidas que possibilitem aos professores progredir na carreira, mas com o enfoque na qualidade. Cabe ao Minsitrério, ajudar os professores, providenciar oferta formativa, dar condições para que todos possam ambicionar a mais. Mas isso requer esforço, e como tudo na vida, não pode nem deve haver almoços grátis!...
Confesso que este ultimamente a imagem que construimos da figura do professor, tem-se degrado de forma nunca antes imaginada. Muito há a fazer.
Pelo menos que em 2010 haja a necessária paz social e que a escola encontre o seu norte!
«Lux fulgebit hodie super nos, quia natus est nobis Dominus. - Hoje sobre nós resplandecerá uma luz porque nasceu para nós o Senhor»
..assim foi mais um Natal, em família no calor do amor e em alegria. Este sim é o Natal, a união daqueles que se amam, o momento em que olhamos uns nos outros e relembramos factos passados sem nunca esquecer no amanhã que nos espera.
Este é o dia em que o Feliz Natal mais se ouve, mais vezes o telefone toca...e curiosamente o dia em que mais contribuo para os cofres da factura energética familiar. Hoje por mero acaso do destino, também se comemora o meu aniversário, mas isso nem é o mais importante.
O mais importante foi estarmos todos juntos, tendo presente todos aqueles que mesmo longe, guardamos bem cá no fundo.
Hoje não há distâncias, apenas pensamentos e lembranças pois a vida é feita um pouco de recordações e sonhos. Neste dia somos "nós".
...pois mas ainda me falta comprar uma última prenda! Não sei como mas vou ter mesmo que apelar à ajuda de todos os duendes do Pai Natal para me ajudarem na escolha e sobretudo, no tempo que vou ter que inventar encontrar no meio dos embrulhos e outros assuntos natalícios de última hora. Mas hei-de arranjar forma de a poder embrulhar [tenho pouca queda e uma falta de jeito incrível para fazer embrulhos!]. Eu sei que do outro lado existe qualquer coisa, espero que simples, pois o ano não está para grandes empreendimentos nem gastos supérfluos. Mas mais importante que dar é nada pedir em troca. Só peço um sorriso...e nada mais.
Esta semana foi preenchida com pequenas decepções. O aparente falhanço da Cimeira de Copenhaga, os tristes comentários acerca da proposta de lei sobre o casamento homossexual [alguns deles absolutamente retrogados], a cruzada insana contra a figura do Pai Natal [por favor deixem as crianças sonhar, depressa vão entender que ele não existe!] e por último....um sentimento de vazio que sempre me rodeia nesta altura do ano.
O sentimento de vazio, é sinónimo de impotência, pelo facto do meu modesto contributo aqui e ali ser apenas um leve sopro de solidariedade. Entristece sempre nesta altura, cheia de cor e movimento, ver rostos tristes. Talvez seja isso que leva algumas pessoas a não acreditar no Natal e a continuar a idealizar esta época como um desfile de falsa virtudes, de egoísmo e despesismo. Talvez tenham uma ponta de razão. No fundo fomos destruindo a beleza e a magia do Natal solidário, o Natal da família e direccionamos a nossa atenção para o luxo do centro comercial e das filas intermináveis na cidade. Deixámos de olhar para fora e passamos a olhar apenas pra dentro dos nossos desejos.
Quando era pequeno, havia dois momentos chave no Natal. A visita às lojas na Baixa para ver as montras com aqueles brinquedos maravilhosos, o glamour da cidade fria cheia de vida, e a Ceia de Natal. É claro que o dia de Natal em si tinha aquele momento frenético em que descobríamos as prendas que o Pai Natal nos tinha deixado debaixo da chaminé de mármore frio, junto ao pequeno fogão da cozinha da casa dos nossos pais. Mas mágico era sentir o cheio das fagulhas do pinheiro e as luzes que iluminavam o presépio...ou como disse a Sophia "as figuras de barro, o Menino, a Virgem, São José, a vaca e o burro, pareciam continuar uma doce conversa que jamais tinha sido interrompida. Era uma conversa que se via e não se ouvia."...nem mais!
Tenho saudades do cheio do pinheiro e do sabor que esse Natal me transporta. Esse era o meu Natal, que um dia há-de voltar.
Obrigado Sofia, Feliz Natal também para ti e para todos aí em casa.
...as Comissões da Assembleia da República são na sua grande maioria um vácuo de oportunidades perdidas na busca da verdade que muitas das vezes é só meia. A moldura política por detrás do conceito é talvez um pouco abjecta, e não raras excepções conclui-se não concluindo nada de substancial. Isto a propósito da nova ofensiva contra a dita Fundação que curiosamente foi fundada pelo PSD e o programa de financiamento da jóia da coroa: o Magalhães. Tal como o António Barreto definiu e muito bem , o “bezerro de ouro” da cultura, ao qual acrescento eu o alfa e o omega do ensino em Portugal.
Tal como o sociólogo, acredito nas virtudes do computador como ferramenta de trabalho, e comungo ainda mais da ideia que é no livro que reside a verdadeira transmissão do saber. Eu e as traças! Digamos que nada me enche mais prazer do que sentir o tacto do papel, o cheiro da tinta. Certamente que não será por uma questão hormonal, mas ler a partir do ecrã e ter a experiência sensorial de tocar, sentir, é como comer com os olhos. Sabe a pouca de nada. Mas o que está aqui em causa, não será tanto o computador em si, mas o facto de o financiamento estar envolto em esquemas bizarros. Eu como sou [felizmente] ignorante na matéria, faz um pouco confusão o Estado criar a Fundação das Comunicações Móveis, para administrar os dinheiros do estado, fundação esta com um estatuto jurídico que a coloca para além da alçada dos poderes legais, mas com a agravante de servir fins vários para os dois principais partidos. Sim porque queiramos ou não ambos já devem ter beneficiado da ditosa fundação, imune a acórdãos do Tribunal de Contas e longe dos olhares discretos, até agora. Veremos se a comissão se torna uma verdadeira lavagem de roupa suja. Seria no mínimo interessante, depois do espectáculo triste da comissão que investigou os caso na banca.
Confesso que só irei acreditar nas conclusões de uma qualquer comissão, quando for constituída por gente séria, o que está longe de a realidade actual. Nem São Tomé conseguiria demover a minha incredibilidade relativamente ao panorama actual.
Bem, esquecendo a arena das feras, falemos de circo. Fui ao circo [a contragosto] e posso afirmar aqui em directo e em primeira mão que fartei-me de rir. Foi o tónico que estava a necessitar. Duas horas bem passadas ali em Algés. Circo Richards Bros. Sem espalhafatos, sem animais selvagens, sem números suicida. E pasme-se, casa cheia! todas as sessões de hoje esgotadas. É certo que estamos na época por excelência dos circos, mas soube realmente muito bem voltar a sentir o fascínio [perdido] de ir ao circo. Digamos que foi o meu momento “cinema paraíso”. Vi e acreditei.
...hoje apetece-me ser um pouco de Velho do Restelo com uma meia dose de Medina Carreira. Talvez seja pelo facto de ter acordado um pouco antes das sete e ter visto um notável economista a que percorreu os últimos anos do Estado Novo e manteve-se na ribalta da democracia com igual serenidade e saber. Sinceramente não tenho presente agora o seu nome, mas o teor das suas palavras e o encadeamento do seu discurso fizeram-me reflectir se afinal de contas não estamos neste momento na eminência de nos precipitarmos para algo semelhante a um buraco sem fundo. Não obstante os erros de análise das contas públicas com o nosso défice a atingir cifras apocalípticas, a verdade é que mesmo com a máxima pujança da economia dificilmente conseguimos incrementos do PIB superiores a 1,5% ao ano, ao contrário do que sucede na nossa vizinha Espanha. A avaliar pelo que tenho lido durante esta semana sobre o frenesim com que as leis e contra leis são aprovadas, fica no ar um certo travo amargo sobre o rumo que o País leva, e fica notória a dificuldade ou incapacidade com este governo enfrenta o facto de não ter uma maioria estável. Impunha-se que alguém tomasse conta do leme, mas de facto é triste a pirataria que impera na casa-mãe da democracia: a Assembleia da República.
Depois de visionar as imagens desta semana e ao ler hoje as notícias sobre os acontecimentos recentes no próprio Parlamento Europeu, questiono-me se afinal de contas este País é representado por políticos ou corsários?
Penso que tal como advogava Sá Carneiro é possível conseguir forçar as mudanças, dramatizando mas sem radicalizar a acção política. Por falar nisso completou-se ontem mais um aniversário do atentado. Sente-se no ar um clima propício a novas eleições...curiosamente do púlpito de Belém, nem uma palavra.
...mas que dia louco!! e tudo acabou num jardim em pleno Lumiar com uma caixa transportadora cor-de-rosa choque e os conselhos de uma Falbala que não o era, sobre as virtudes de molhar levemente a ração dos gatos pequeninos com água quente!...uma verdadeira "massagem" em termos anímicos mas que não bastou face à impressão que ficou daquele lobo da tasmânia em com encanto de sylvester...bem pelo menos foi uma hora bem passada, não sem antes ter havido uma árdua e intensa discussão diplomática entre a simpática Cruella de Vil lá sítio e a comitiva que levámos. Digamos que tal como o Lula da Silva, também nós regressamos ao hotel de mãos abanar, mas com a consciência que desempenhamos dignamente o nosso papel. Em suma, tudo se resumiu àquela máxima portuguesa do "quem lê um conto, acrescenta um ponto", só que neste caso o ponto era a antítese e a virgula uma falsa expectativa.
Mas voltemos ao dia que hoje se comemora, ou melhor as múltiplas efemérides que hoje nos inundaram as ruas com cortejos de pirilampos azuis. O Porreiro e o Pá tiveram um dia em cheio, e presumivelmente as empresas de limpeza a seco amanhã vão ter um acréscimo significativo de trabalho, depois de tanto discurso, tanto aperto de mão e tamanho cerimonial de croquete e batata frita lá para as bandas do Estoril.
Ainda a manhã fria e chuvosa despertava os amotinados de 1640 e já o presidente Calderón tentava bater o recorde do nosso Pá, do maior número de assessores e seguranças a correr a arrepio do protocolo. Felizmente que só fui andar de bicicleta para aquelas bandas no sábado à noite, pois provavelmente seria imediatamente interrogado e contra-interrogado por traição à traquilidade pública de tão insuspeita pessoa privada.
Depois de uma intensas negociações em redor de um parágrafo, e de uns quantos folahdos de salsicha mal amanhados embrulhados em pañuelos espanhóis, lá se engendrou umas quantas palavras pó-de-talco que não sararam as "queimaduras de rabinho" entre as diferentes facções relativamente à questão hondurenha, mas que aliviaram os rabinhos dos assessores dos assessores que num afã constrangedor, muitos quilómetros palmitaram entre segredos e notas de rodapé. Ok, atingiram um compromisso. Ninguém saiu queimado...e assim o Lula respirou melhor a caminho de mais uma visita por terras da Europa a sério- a germânia Alemanha, e todos viveram felizes e contentes até entrarem nos respectivos aviões!!
Entretanto, e ainda refeitos do frugal croquete e do bolo rainha simpaticamente oferecidos pela nossa primeiríssima dama, as restantes damas pavoneavam o cortejo de seguranças sobre a nossa história museológica, que refira-se hoje estava de portas abertas. Nos próximos feriados logo se verá!
Noutro canto da cidade, D. João IV esperava amargurado que alguém se lembrasse dele e de todos os compinchas que numa noite algures no tempo, perdida e agora esquecida, nos livraram de um tal Filipe IV para sempre..até à chegada das cadeias de supermercados e de lojas de roupa barata.
Mas sem sombra de dúvida que o dia fica sim, marcado pelo grande gorgulho da dupla Porreiro & Pá...o Tratado de Lisboa. Esse graal da construção europeia que após longos e penosos 5 anos de negociação originou finalmente uma nova visão míope de uma Europa unida sobre um mesmo ideal irreal. E quem mais senão duas figuras ímpares da nossa sociedade, o dinâmico van Rampuy e a estremosa Catherine Ashton para completar a playlist de discos perdidos que esta sinfonia desconcertante nos oferece como prelúdio de uma nova velha Europa.
Em boa verdade, todos estamos encantados e orgulhosos, mas no íntimo estou em crer que quem verdadeiramente mais beneficiou com toda esta passerele de sumidades, foram os ricos albergues da capital e a restauração!...quanto à independência, por acaso alguém a viu?