Num momento em que o
Presidente da Câmara Municipal de Lisboa navega num bote à deriva, ao ritmo do
caudal da corrente alternada com que magnetiza o seu discurso, acho simpático
distrair os lisboetas e os pouco turistas que por cá vagueiam com ruas pintadas
em tons de arco-íris! Espero sinceramente que os serviços do urbanismo tenham
em atenção as elementares regras em termos de tons das fachadas e
compatibilidade com as caixilharias. Já agora uns graffitis para dar um cunho
ainda mais moderno?
Neste momento não sei o
que é mais nocivo: se as listas vermelhas na Europa, se o AL ou o Airbnb, mas tenho
a certeza de uma coisa: a atitude titubeante do Governo e a subserviência aos países
ditos “amigos” é de bradar aos céus. Lá está é tudo uma questão de interpretação
da cor. Neste particular somos daltónicos.
O sucesso do
desconfinamento será sempre proporcional ao tamanho da recessão. Talvez.
Seria verdade se cada um cumprisse aquela regra básica de utilizar máscara ou
se cumprisse rigorosamente o isolamento preventivo nos casos referenciados pela
literatura. Mas aparentemente é mais fácil deitar fora as máscaras verdes e azuis
para o chão da rua, do que sofrer a humilhação de as utilizar junto dos seus
pares. Colocar no caixote do lixo jamais! E isso de ficar em casa a ver a tonalidade
das paredes não é opção quando numa esplanada se está verdadeiramente melhor.
Há uns anos atrás, um banco em tons de verde colapsou e transformou as nossas vidas num buraco negro que ainda hoje
não se vislumbra. Se alguém souber do paradeiro de uma das auditorias – basta uma - que entretanto
foram produzidas, que acenda uma pequena luz para termos alguma noção de decoro.
O Governo vai começar a
monitorizar os discursos de ódio nas redes sociais. Não era preferível transferirem
essas competências e esforço para ampliar as equipas que tentam fazer a despistagem
epidemiológica nas Região de Lisboa e Vale do Tejo?
Tenho uma sugestão: passar
as conferências de imprensa da DGS do horário de trabalho para antes do Preço
Certo e reduzir o número de intervenções. É uma opção win-win: a DGS tem mais umas horas para actualizar as
listas excel em vez de utilizar o programa da OMS que é mais intuitito, user
friendly e de borla e ainda, A família está toda reunida e podem discutir o tema de uma forma mais ponderada e assertiva
e, last but not the least ,a produtividade no trabalho aumenta pois são
menos 10 minutos discutir as variações percentuais do dia anterior.
...gostava de sonhar a cores, mas é cada vez mais difícil quando a realidade se revela em tons preto e branco.
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