um pais sem cultura nem sequer é lugar, é lugar nenhum onde a lei da ignorância impera e governa. A iliteracia é o triunfo brutal dos fracos, desses para quem a cultura é vista como um capricho de uma pequena franja de intelectuais líricos que vivem a vida como um ilídio wagneriano.
Uma civilização é tanto mais retrógrada, quanto mais se submete à fatalidade de o ser humano não ousar sonhar, ser criativo e crítico. Isto é o o que nos distingue dos sonâmbulos que advogam o paraíso futuro, silencioso, monótono e autómato.
O multiculturalismo, a
interculturalidade são territórios férteis para a produção artística, pois
absorvem o que de melhor cada povo tem para oferecer. Este patchwork de
pensamentos e conhecimento sempre acompanhou a renascimento do Homem. Quem opta
por formatos pré-estabelecidos e se submete à massificação cristaliza no território
do autoritarismo cultural, e vive o vazio intesticial. A cultura é o encontro entre-espaços, entre-tempos, o barro que nos molda, o fio condutor, a pauta que nos faz sonhar, a palavra que nos faz ser.
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