
...mas e só pra dizer que saiu há já algum tempo um álbum fenomenal, de um menos excepcional Herbie Hancock. A ouvir atentamente!....espantoso!
Os partidos com assento parlamentar, à excepção do PCP e do BE (onde ainda se descortina um nexo sociológico, ainda que mascarado por uma certa aura utópica)), não representam ninguém, a não ser as suas próprias burocracias e clientelas imediatas; não representam nada, a não ser as pressões dos parasitas económico-financeiros que vivem do erário público e dos fundos comunitários. Perderam, em suma, qualquer respeito eleitoral e democrático. É por mais evidente que a abstenção nas últimas consultas populares apresenta uma evolução preocupante e que, de uma maneira geral, demonstra cada vez o desligamento entre o votante e o eleito. Se fossemos elencar os factos e tristes episódios que inundaram as manchetes dos jornais nos últimos meses, seria tentado a chegar à conclusão que afinal o Ensaio sobre a Lucidez do Saramago é uma realidade mais próxima do que muito poderiam sequer imaginar!
...por momentos tive a percepção que estava em Veneza! Não na Veneza dos postais, a Veneza dos Medici, iluminada, cintilante (vou omitir o cheiro do Gran Canal!!). Não! A Veneza do caos, a Veneza das inundações na Piazza S.Marco...mas muito pior. Constrói-se em leitos de cheia, impermeabiliza-se solos indiscriminadamente, não se faz a manutenção dos sistemas de drenagem pluvial. De quem é a responsabilidade? Câmaras, Governo Central? Incúria, mau planeamento, construções clandestinas. Ninguém vê, ninguém repara, ninguém dá o primeiro passo, mas por vezes acontece...E no meio deste paradoxo...surge uma voz que brada no deserto, uma espécie de S. João do Urbanismo: o percursor de um sonho. É nestas alturas que as sábias palavras do Arqto. Ribeiro Telles estravasam o mundo da utopia e constituem-se a pura razão dos factos.Tal como S. João, também o Arquitecto é constantemente decepado pelo silêncio que lhe é imposto: a vozes que ferem o poder são silenciadas. Resta-nos ouvir resignados a opinião dos especialistas do costume e olhar incrédulos para os erros do costume.
...depois de meia hora na fila em solene penitência pelo facto de ter deixado para o fim um saltinho à exposição, e não obstante os comentários de certos madrugadores ávidos em reclamar por tudo e por nada, foi com enorme expectativa que subimos as escadas de acesso à Galeria D. Luis. A exposição está muito bem conseguida, ainda que um pouco caótica face às vagas de curiosos que se deixam arrastar e pela beleza inigualável de alguns dos frescos e das muitas peças de arte imperial russa. A mostra abrange dois séculos com especial atenção para a pintura retratista de inúmeras figuras da história russa e imagens da cidade de São Petersburgo e da sua evolução.Há também trajes, peças de mobiliário, de ourivesaria, incluindo jóias e peças religiosas (fiquei fascinado com os dois ícones que estavam em exposição!), obras de Fabergé para a casa imperial, dois trenós reais (um dos quais de criança) e vários objectos de decoração da época. Se alguma dúvida restasse da grandeza do império russo, é logo desfeita pela descrição exaustiva que a nossa guia de serviço nos presenteou ao longo de todo o percurso desde Pedro O Grande até ao último Csar Nicolau II.
...o Presidente da FPF lançou um repto ao seu congénere espanhol para uma candidatura conjunta ao Campeonato Mundial de Futebol de 2018.
...e finalmente consegui ver o sol nascer!

...é que se chama de tirar esqueletos do armário!