09/02/2008

...irreal Sr. Comendador

A FOTOGRAFIA ACIMA EXPOSTA É DE UMA BELEZA TAL, QUE O ARTISTA DECIDIU MANTÊ-LA OCULTA, DESTA FORMA PODE DAR LARGAS À SUA IMAGINAÇÃO PARA PODER EXPLORÁ-LA AO SEU GOSTO!!

...acordei com esse desígnio e pouco tempo após a aberturas das portas, entrei num sonho irreal, movido pelo inconsciente . A primeira impressão é sempre um sorriso mal disfarçado de espanto, é coisa do género primeiro "estranha-se depois... engole-se"! Nunca pensei que a utopia e a liberdade criativa explorassem tão bem a vastidão do lado oculto do nosso pensamento. Não sei se é pelo caos das cores, pela deformação das histórias que cada tela nos conta, mas o que é certo é que gostei. Houve telas que me despertaram um sorriso, mas o mais curiosos era permanecer sentado por breves momentos e ouvir as impressões de cada pessoa que por ali passavam. É uma forma diferente de viver a arte sem o espartilho das assistentes que nos convidam a partilhar todo o seu saber compartimentado em frases gastas. Coitadas, engolem a cassete e quais condutoras de autocarro lá seguem por entre os corredores ao som dos passos silenciosos sobre o chão de madeira. É curioso como o jogo de cores e movimentos do artista moldam uma impressão diferente em cada um de nós. Talvez seja este o fascínio da arte. De todas as obras que vi, Max Ernst e Jacques Herold foram quem me fascinou mais. Na fotografia gostei de Helena Almeida...o que não gostei mesmo e achei surreal, foi o facto de sermos autênticamente controlados em todos os passos, movimentos durante o tempo em que estamos a ver as obras, como se uma câmara estivesse ao nosso lado - talvez pelo facto de aquela hora o museu ter ainda pouca assistência!? Também não gostei do facto de para a entrega do kit de crianças (que é borlix!) ser necessário deixar na recepção um documento com fotografia, nem muito menos a irreal situação que as malas a tira colo serem proibidas!!! é caso para perguntar....lá por em Serralves existirem regras castradoras não significa que em Lisboa também tenha que ser assim!??!?!...bolas! já estive em museus "bem mais importantes", com um número substancialmente maior de obras de referência e não me lembro de ver cães de fila atrás do incauto visitante a colocar entraves a isto ou aquilo.

Mas isso resolve-se: POR FAVOR AUMENTEM A MERDA DO TAMANHO DA LETRAS NOS PAINÉIS INFORMATIVOS DAS OBRAS PORQUE NEM TODA A GENTE TEM BINÓCULOS NA TROMBA!!! ...obrigado!

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