06/07/2008

...na ordem

A recente auditoria do TC ao grupo Águas de Portugal (AdP), é sintomático do desgoverno e impunidade que se vive no sector empresarial da Réspublia e encaixa que nem uma ginja, na amálgama de reparos e avisos à navegação exauridos dos mais diversos quadrantes da sociedade. Na última entrevista que deu, o fiscalista Medina Carreira qual aguadeiro lançou um chorrilho de impropérios e una caterva de anátemas sobre a política governo (a qual recomenda-se mas somente a maiores de 50 anos), e pelo meio também ironizou com os milhões desperdiçados por esta e por muitas outras políticas.

O nosso PM, plácido e ternurento, o Calimero de Ouro (oposição dixit), certamente vai ter de rever o discurso da eficiência e combate ao desperdício. Eu sei que não estamos a falar em particular no aparelho Estado, mas porra, trata-se do braço armado do Estado, aquele que contrariando a lógica estatizante, deveria ser lucrativo!
Então em que é que ficamos?!se por um lado se cria os excedentários, se recria a flexibilidade, se democratiza o downsizing do Estado e se cria nova regulamentação para rotular e punir a ineficiência e a incapacidade, por outro, alimentam-se mordomias e vícios estranhos, elegem-se os “amigos” que se eternizam nos cargos e depois são reciclados para outros cargos tão ou mais importantes, investe-se no cavalo errado (veja-se por exemplo o flop da internacionalização do grupo AdP) para no epitáfio alguém aparecer a dizer nos media que “isso só aos gestores diz respeito, o governo não interfere na gestão das empresas". Por favor tenham dó!...já estou a ver no horizonte um bom entretém de verão para os nossos de putados- à boa maneira salazarista cria-se uma comissão e adia-se o problema. É caso para dizer:será não existe alguém que consiga colocar isto na ordem?

PS: advinhem quem vai acabar por pagar :(

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