Pobreza, discriminação social e as desigualdades... três temas que concentraram as atenções nas últimas semanas, nesta já se sabe, a corrupção! Não é que as políticas sociais nas últimas décadas tenham tido resultados nitidamente ineficazes, antes pelo contrário, se antes se chamava rendimento mínimo garantido, agora pode-se chamar rendimento social de integração, ou outro epíteto que se queira baptizar!!Existem. Têm a sua função regulamentada, e diga-se o que se queira dizer, são é mal aplicados, pior fiscalizados. Porquê? Da mesma forma que os actuais inspectores da Autoridade para as Condições de Trabalho (antiga Inspecção Geral do Trabalho) não conseguem levar a cabo a sua função fiscalizadora...o Estado corta as despesas de forma cega, sem verificar as consequências! Como é que um país há-de progredir, se no próprio Estado falta dinheiro para pagar a conta da luz, ou para o tonner das impressoras. O que vale terem mudado a DGV para IMT, se desapareceram milhares de pedidos de licenças de condução, e o processo tornou-se um verdadeiro calvário. Num país que se dá ao luxo de oferecer computadores a torto e a direito, sem pensar que em boa verdade, as tarifas da banda larga são vergonhosamente elevadas, se num país que se dá ao luxo de construir alguns traçados de Rede de Alta Velocidade, sabendo que dificilmente o negócio escapa ao prejuízo! tudo para quê!? para deixar obra feita!? Nas pequenas aldeias e vilas deste Portugal, constroiem-se grandes rotundas embelezadas com obras de arte dúbia, mas as passadeiras junto às escolas ficam por pintar! Mal saímos do empedrado de basalto, típico de algumas urbes, entramos num país que não tem uma cobertura mínima admissível em termos de saneamento básico. Mas o que me aflige mesmo, é saber que em muitas zonas deste Portugal esquecido, ainda há crianças que palmitam alguns quilómetros diariamente, para chegar à escola, ou idosos que têm de sair de casa de madrugada, para a bicha do centro de saúde, na esperança de conseguir uma consulta. Quando há médico!?! Dizia um articulista na OPS! que «as tendências demográficas, o fraco crescimento económico, os compromissos europeus e a competição internacional obrigam-nos a ajustamentos dolorosos para promover o equilíbrio das contas públicas e a sustentabilidade do Estado Social. O que se exigia a um governo socialista era o máximo de equidade possível na distribuição dos custos com tais ajustamentos.» Pois é isso mesmo que falta neste país!!É este tipo de medidas que podem contribuir de uma forma justa para que este país um dia se possa chamar pais!Não é a dita taxa Robin dos Bosques que este governo presenteou à Galp, mas que não adianta de nada, já que se trata apenas de um adiantamento de verbas que de outra forma entrariam nos cofres do Estado. O que se exige não é nada demais...apenas um pouco de coragem!...demagogia e falsas promessas já nós temos no Largo do Caldas, na Lapa, na Soeiro Pereira Gomes e no Largo do Rato.
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