A beleza do iceberg reside na dinâmica do movimento de apenas
aquela parte infinitésimal que brilha ao sol, interactuando com a aparente
acalmia do mar cristalino. Porém, em termos metafóricos, a robustez que a massa
imprime na cadência do tempo, deriva sobretudo da grande massa submersa. Uma
espécie de inconsciente que não é directamente acessível, que se oculta para lá
das primeiras camadas que o sol consegue penetrar. A partir dai é a escuridão,
um mundo de silêncio;
Há uma dimensão para lá da luz que, sendo inteiramente revelada,
pode tornar-se demasiado avassaladora. Daí a beleza do iceberg. Por mais que admiremos, que o dia suceda à noite e que a lua ascenda ao céu, ele permanece lá,
na sua cruel dimensão.
“(…) Ecclesia catholica filiorum suorum infirmitates agnoscit et
confitetur, conscia eorum peccata totidem esse proditiones et impedimenta
perficiendo consilio Salvatoris allata.”
Ut unum sint, (Ref.3, item 3)
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