Curioso é que todos eles, advogam no seu intimo ou uma perda dos salários, tectos nas reformas mais elevadas [esta assino por baixo!!], sempre com o ponteiro na contenção da despesa. Nem vou discutir pois só restam duas combinações possíveis: ou pela receita ou pelas duas em conjunto, o resto são opções ideológicas.
Entretanto ,enquanto o nosso ministro das Finanças perde os estribos e a paciência com os clientes de retorno absoluto do BPP, e ataca ferozmente as agências de rating [é paradoxal como as mesmas foram a causa da crise mundial e ainda os mercado lhes dá ouvidos!!], diz o velho ditado popular, quem semeia tempestades....moral da história, o credit default swap da dívida portuguesa subiu em flecha [seguro para cobrir o risco de incumprimento] e o "spread" das obrigações do Tesouro Conclusão subiu para valores recorde. Bem razão tinha o Perez Metelo hoje no Jornal da TVI [reparo, só o vi porque estava a ver o Braga a ser eliminado da taça de Portugal]. Isto tudo a propósito de uma coisa tão simples como 0,04% do nosso PIB ou em miúdos, a Lei das Finanças Regionais.
De súbito, sem que nada o fizesse supor e ultrapassada a questão menor do OE2010, a Lei das Finanças Regionais surge como o tema fracturante do momento [e como nós gostamos deste temas!!].
Na minha singela opinião, numa altura em que cabe ao Estado criar condições para que a economia funcione, restringindo a despesa pública que neste momento está absolutamente descontrolada, em que a todos são pedidos sacrifícios, o timing escolhido pela oposição para a aprovação da insidiosa lei, é imoral e profundamente inoportuno. Não faz qualquer sentido. Daqui a um ano, daqui a dois, mas não agora. Independentemente do valor em questão, tudo o que o país não necessita é de uma crise governamental. Se o Governo cai[não por obrigação frise-se! Pois tem condições para tal!] o Pais passa a viver de duodécimos [trocos!], com as consequências já conhecidas e todo o tecido produtivo que depende e trabalha com e para o Estado estagna. A economia pára! Todos sabemos que nesta altura o Estado é o motor da economia. O resultado nem quero antever qual será!
Falemos então da Grécia. A Grécia é um país curioso, de economia pujante a economia à beira da bancarrota num lapso de segundos. Curiosamente, tal com nós o risco de incumprimento da dívida da península do peloponeso subiu ao monte Olimpo, pois o mercado [ as tais agências de rating] não acreditam que a UE vá “sacrificar cordeiros” em honra das vestais gregas. Curiosamente, os espartanos [as agências de rating] também devem ter dado ordens para que a paridade do euro/dólar desça pois acreditam que a UE sempre vai “sacrificar”os tais incautos ovinos.
Sinceramente à primeira não encaixei bem o raciocínio subjacente , mas depois de ler que na emissão da dívida pública da Grécia, a procura superou e de que maneira a oferta, entendi finalmente. Podemos ser feios, porcos e maus, rotos e nus, uns párias e uns desgraçados, mas há-de haver sempre quem nos queira ir ao dito cujo para ganhar uns trocos!..a bem da economia de mercado.
PS:mas aqui que ninguém nos ouve, baixinho...o nosso PM está mortinho por sair do pântano , digam lá?...tenho que faalr baixo senão passo a ser também eu, um problema por resolver!
Sem comentários:
Enviar um comentário