06/03/2022

inter arma silent leges

O facto de estarmos nos primeiros anos de um novo século, não determina o fim do conceito de guerra, ou como diria Karl von Clausewitz, a “continuação da política por outros meios”. A crueldade e a violência são características inatas do ser humano; um subterfúgio quando a razão não satisfaz plenamente. A anarquia e o caos são o elixir óptimo para subjugar a vontade de uma das partes em contenda.

 Eis-nos pois às portas de (mais) uma guerra de larga escala na Europa. Sobre a invasão da Ucrânia pela Federação Russa, apraz-se divagar se faz sentido ou se existe alguma lógica que sustente a pretensão de reconstruir o tal espaço vital idealizado pelo sr. Putin – o “Russkiy Mir”.


Não me recordo ao longo da história de um império que tenha desmoronado e por vontade de alguém tenha sido novamente erguido. E esta não é certamente uma justum bellum e por norma os impérios não passam disso mesmo, um pedaço de história.

 

Quando se realizam grandes projetos, incorre-se na hostilidade dos outros.”

 Tucídides, sec. IV a.C