31/12/2006

...e já agora, para animair as hostes!!




30/12/2006

...e venha mais um!!


Enfim foi um ano que não deixa saudades...pelo menos a todos aqueles que me são próximos. Apenas conheco um sorriso que se libertou do triste nevoeiro que ensombrou o ano que agora jaz...parabéns L, mereces ser feliz!!


Espero que melhores ares nos traga 2007!


Num país que conheceu a loucura do futebol, e que termina na prateleira de uma livraria com um livro que conta uma verdade inconveniente.


Um pais que não teve a coragem de eleger um lutador, um poeta, um visionário mas que deu a maioria da razão a um homem que em primeiro lugar pensa com a calculadora e que não disfarça um sorriso frágil e perturbador.


Um país que foi assolado pelo fecho inexplicável de maternidades e que afirma querer incentivar a natalidade e assegurar verdadeiras politicas para a familia.


Num pais onde hospitais encerram por uma questão de estatística, centros de saúde que se abatem, tudo por uma questão de números, como se simples rolas se tratassem. Mas a caça não termina por aqui!


Num pais onde escolas de aldeias perdidas na lembrança, se matam, técnicos de educação que se aniquilam, tudo por uma questão de números... valha-nos depois os programas sobre a violência nas escolas para animar as hostes!


Num pais onde fábricas fecham, e em que o desemprego chega às portas da anteriormente inviolável função pública.

Agora deixaram de ser pessoas mas sim supranúmeros. Supra mas por excesso e o que é demais basta, para este Primeiro-Ministro, fiel depositário da arrogância de todos quantos nele votaram, arrogante Primeiro. Estranhamente não deixa de ser popular nas sondagens...mais uma vez uma questão de números.


Mas afinal quem controla os números neste país!?


Mas nem tudo foram espinhos na rosa que tudo persegue e rege...houve a Vanessa, houve o Francis, ouve os nosso para olímpicos, ouve as nossas selecções de atletismo e a nossa selecção de râguebi....o futebol para aqui não é chamado, pois neste momento o lamaçal está sob suspeita de ser aquilo que na realidade é...uma verdadeira tristeza nacional.


Mais motivos de orgulho...os nossos bombeiros que lutaram contra os criminosos que ateiam este belo pais, os nossos pescadores que arriscam a vida e morrem na praia....sob os olhares incapazes e de uma multidão que espera pelo socorro que não chega!


Provavelmente esqueci-me de alguém...mas não posso deixar de esquecer de todos aqueles que sacrificam um pouco do seu tempo para dar algum conforto e bem-estar àqueles que nada têm e mais necessitam.


Enfim, nunca mais é 2007...


Deixo-vos com Fernando Pessoa



Nem rei nem lei,

nem paz nem guerra,

Define com perfil e ser

Este fulgor baço da terra

Que é Portugal a entristecer -

Brilho sem luz e sem arder,

Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quere.

Ninguém conhece que alma tem,

Nem o que é mal nem o que é bem.

(Que ânsia distante perto chora?)

Tudo é incerto e derradeiro.

Tudo é disperso, nada é inteiro.

Ó Portugal, hoje és nevoeiro...

É a Hora!

27/12/2006

...Natal só para o ano!


...tão rápido como o trenó que é puxado pelas renas, assim o Natal passou. Foram dois dias em que a palavra familia rimou com alegria. Como o nosso povo diz, o Natal é quando o Homem quer, e enquanto houver alegria e vontade de a partilhar, assim estaremos todos nós cá para manter a tradição.

No fundo, todos nós temos um pouco de Pai Natal e todos nós afirmamos a pés juntos que não acreditamos nele. O ideal será acreditar mesmo no bacalhau, pois enquanto houver disponível no mar, de certeza absoluta que vai ser o único a não ter motivos para festejar.


Votos de uma quadra feliz!

10/12/2006

...sinto-me mais descansado!

Sinto-me mais descansado agora por saber que afinal o facto de não terem sido tomadas medidas conservativas do cordão dunar da costa Norte da Costa da Caparica se deveu a falta de verbas.
Fiquei sinceramente aliviado por ter lido no caderno principal do Expresso, na sua edição de 8 de Dezembro último, que o problema da violência nas escolas não escolhe região, escalão etário ou classe social. Ainda relativamente aos diferentes artigos, fiquei subliminarmente alegre por saber que Portugal não é caso raro no espaço comum, e que o facto de exisirem alunos em instituições de ensino básico que sofrem de extursão é algo paradigmaticamente normal.
Fiquei consolado pelo facto de saber que os milhões de euros que o nosso país tem recebido em fundos comunitário para o sector agrícola foram uma oportunidade desperdiçada, salvo raras excepções que segundo alguns "constituem a regra", e que de uma maneira marcante, têm contribuido para o acelarado desenvolvimento do sector e para colmatar a desertificação do mundo rural (talvez seja por isso que que cada vez mais o nosso mosaíco agrícola seja um verdadeiro albergue espanhol?!).
Fiquei alegre quando li que existem organizações eco-anárquicas no nosso país que ainda defendem a importância dos habitats de espécies em vias de extinção, e outras nem por isso, tais como o lobo e a cegonha, em deterimento da expansão de um munod rural fantasma, desabitado, desacredita e envelhecido. É sempre bom ter a consiciência do que mais importante do que regular caudais de rios, produzir energia de uma forma amiga do ambiente sem produção de CO2 e manter o que está mal, é destroir o orgulho de quem habita no interior esquecido. Aliás, o case-study das gravuras de Foz Côa vs. Barragem de Foz Côa é um exemplo fiel desse frenesim ecologista que tem varrido o nosso lindo país. As gravuras não sabem nadar, o lobo tem alergia a barragens e o que interessa é manter a dependência as oligarquias do crude.


Contudo deixo para último uma notícia que me deixou paraplégicamente alegre. Vão construir mais um novo estádio de futebol, aliás mais dois...um na Póvoa de Varzim e outro na ilha no enclave da Madeira.


Sabem bem acordar num país assim e respira de alívio!

PS: uma nota final para uma mulher que teve a coragem de dizer a verdade....parabéns Carolina!

09/12/2006

Memorabilia

John Lenon (9 de Outubro 1940-8 Dezembro 1980)

so this is christmas
and what have you done
another year over
a new one just begun
and so this is christmas
i hope you have fun
the near and the dear ones
the old and the young
a very merry christmas
and a happy new year
let's hope it's a good one
without any fear
and so this is christmas
(war is over...)
for weak and for strong
(...if you want it)
the rich and the poor ones
the road is so long
and so happy christmas
for black and for white
for the yellow and red ones
let's stop all the fight
a very merry christmas
and a happy new year
lets hope it's a good one
without any fear
so this is christmas
and what have you done
war is over - if you want it
war is over - if you want it
war is over - if you want it
war is over - if you want it

08/12/2006

12 boas razões para...


...odiar o Natal

1 - "Last Christmas" - Wham
2 - "White Cristmas" - Bing Crosby
3 - Decorações de Natal em Setembro
4 - Bolo-Rei de Supermercado
5 - Prendas de Natal (nunca conseguimos oferecer o que queremos nem receber o que queremos)
6 - Especiais de Natal na TV (incluíndo a "Música no Coração")
7 - Natal dos hospitais
8 - Tudo faz menção ao Natal
9 - Somos obrigados a ouvir "Música de Natal em PanPipes", ou o Coro de Santo Amaro de Oeiras
10 - Olhar para o saldo bancário dia 1 de Janeiro
11 - Existe sempre menção a neve no Natal, mas neve que é bom, nem vê-la
12 - Constatar que há solidão nos outros, fome nos outros, mágoas nos outros que, egoistamente, não vemos por estarmos a fazer 'compras de chacha' em bichas imbecis...

06/12/2006

v.s.f.f.


...terei eu já acordado do sonho? ou será que aquilo que oiço ainda são os seus passos por entre a folhagem adormecida de Outono. Será que a fada se afasta por entre a escuridão da floresta, ou serei eu que começo a divagar por entre as linhas que nos afastam do horizonte. A noite canta por entre o último suspiro do astro rei, e lá longe já só vislumbro o manto aúreo que a rodeia. A história apressa-se para as últimas linhas e lá longe apenas um sorriso e um último olhar!

Prometeu que voltaria para adornar o sonho que agora se extingue, pois outros outonos virão e outras histórias haverá para contar.

a história segue dentro de momentos após compromissos publicitários!

04/12/2006

in Memoriun


"Actos de injustiça feitos

Entre o sol ponte e o nascente
Jazem na história como ossos, um a um"



Ele não morreu porque só morre quem se esquece.




Francisco Manuel Lumbrales de Sá Carneiro (1934-1980)