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Ainda faltam algumas horas mas o último pôr-do-sol é sempre o mais estranho. À medida que a tela celeste se enche de tons quentes é todo um conjunto de memórias, de olhares de pensamentos, de sensações que são sugados como os grãos de areia numa ampulheta. É como se todos aqueles momentos que passei fora deste mundo passassem em poucos segundos num caleidoscópio. Mas a inevitabilidade de regressar do nirvana impõe-se, e como tudo na vida o último a sair que apague a luz.
Não se pode dizer que tenham sido as férias da minha vida mas foram breves momentos de serenidade e paz interior. Afinal de contas é tão fácil sentir esse alheamento de tudo o que se passa lá fora quando estamos rodeados da mãe natureza!
Daqui a alguns meses já posso retornar ao bosque encantado, olhar para o casal de corvos a regressar ao ninho ao fim do dia e quem sabe, ter uma conversa agradável à lareira...
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