14/01/2007

porto de abrigo


Ainda bem me lembro da primeira vez que nos cruzámos, mas mais engraçado que isso lembro-me dos primeiros olhares silenciosos, daqueles dias ténues como a espuma que rasga a areia da praia. O resto da história são pôres-do-sol e bandos de gaivotas na praia das nossas vidas.


Hoje, quando olhei para o mar que balanceava as frágeis embarcações que lutavam para retirar o sustento de uma vida, lembrei-me de todas as histórias que construímos, de todas as aventuras que vivemos, de todas as tristezas e alegrias que vivemos.


Mas o mais importante do que tudo isso, foi o facto de olhar no horizonte, e não sentir o fim, não sentir a saudade de quem parte ou a tristeza de quem ali ficou.Apenas, um sorriso e a recordação de quem estará sempre por perto.


O mar é o meu porto de abrigo, é a minha praia de recordações, é o meu baú de memórias que se abre na maré-cheia.


Não lancei ao mar uma garrafa com uma mensagem...lançei um olhar para e pedi-lhe um até já...depois, continuei, por entre a areia molhada que moldava a impressão dos meus pensamentos.


Voa gaivota!

Que o mar seja teu companheiro,

e o vento teu conselheiro.


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