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O Tratado de Lisboa não passou de um plano B, e depois do voto dos irlandeses, não resta pois aos amargurados eurocratas, olharem para aqueles que os elegeram e de uma vez por todas, governarem para as pessoas. A actual política dos diferentes estados, não é mais do que o simples exercício da inutilidade; governam para as estatísticas e para os números. Mais países optassem pelo referendo, mais desapontamentos teriam aqueles sabiamente nos tramam, com falsas promessas e políticas estranguladoras. Não é só em Portugal que as diferentes classes de trabalhadores se sublevam, está acontecer um pouco por toda a Europa.
Citando Aristóteles, para quem o cidadão é aquele que “é capaz de governar e de ser governado” (coisa o nosso Governo desconhece), Castoriadis chama de “pseudodemocracia” à democracia dita representativa, onde - como bem disse Rousseau - os indivíduos se julgam livres quando, de tempos em tempos, escolhem seus governantes, sem entender que eles são livres apenas um único dia: no dia em que votam (e, mesmo assim, sem que tenham escolhido, eles próprios, aqueles em quem irão votar).
...vivam os Celtas!
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