13/06/2008

Et voilá!...eís os Celtas

...haja alguém neste triste velha Europa que não esteja amordaçado pelas vontades políticas de meia dúzia de eurocratas que, como o receio de verem sufragada a revolta do povo, impuseram a aceitação tácita de um Tratado que de bom talvez o nome de Lisboa...podia ter sido também Unhais da Serra ou A-dos-Cunhados!!. O resultado está à vista, o único país em que permitiram a consulta pública, rejeitou liminarmente este tratado que ninguém entende, mas que alguns sabem que não é mais do que uma cópia mala amanhada do já defunto Tratado Constitucional Europeu.
O Tratado de Lisboa não passou de um plano B, e depois do voto dos irlandeses, não resta pois aos amargurados eurocratas, olharem para aqueles que os elegeram e de uma vez por todas, governarem para as pessoas. A actual política dos diferentes estados, não é mais do que o simples exercício da inutilidade; governam para as estatísticas e para os números. Mais países optassem pelo referendo, mais desapontamentos teriam aqueles sabiamente nos tramam, com falsas promessas e políticas estranguladoras. Não é só em Portugal que as diferentes classes de trabalhadores se sublevam, está acontecer um pouco por toda a Europa.
Citando Aristóteles, para quem o cidadão é aquele que “é capaz de governar e de ser governado” (coisa o nosso Governo desconhece), Castoriadis chama de “pseudodemocracia” à democracia dita representativa, onde - como bem disse Rousseau - os indivíduos se julgam livres quando, de tempos em tempos, escolhem seus governantes, sem entender que eles são livres apenas um único dia: no dia em que votam (e, mesmo assim, sem que tenham escolhido, eles próprios, aqueles em quem irão votar).
...vivam os Celtas!





Sem comentários: