02/11/2008

...Viva Keynes

...estava a colocar a primeira garfada do meu almoço dominical (perna de peru assada no forno com tâmaras...delicious!) na boca quando o nosso ministro das bolsas apresentou o pacote de medidas extraordinárias para tentar salvar o que resta da nossa economia. As duas primeiras medidas eram necessárias e constituíam o exemplo claro da falta de dignidade que o Estado demonstra para com os agentes económicos [foi pena não ter referido as alterações abusivas relativamente ao pagamento do IVA pelas empresas]. A última medida não constitui surpresa para quem desde o último ano acompanha os pequenos recortes de jornais e notícias disfarçadas acerca da verdadeira situação do BPN. A palavra mágica nacionalização certamente agradará a muitos, mas resta saber quem vai pagar os negócios duvidosos e o que vai suceder aos actuais órgãos de gestão desse banco!
Lá nos EUA como cá na Lusitânia horta, começou o princípio do laissez-faire- fim do capitalismo selvagem.
Tal como Keynes previu, dada a ineficiência do poder auto-regulador do sistema económico, cabe ao Estado intervir. Honras sejam feitas a quem tem a coragem de estancar os erros de uns quantos...inteligentes!

...mas uma pergunta permanece no limbo: se a auditoria à cerca de um ano, detectou irregularidades graves e negócios pouco transparentes, porque é que o Banco de Portugal nada fez?

1 comentário:

I.D.Pena disse...

Porque os Bancos precisam de ser levados Menos a sério. Começar de novo, do zero, para isso acontecer é preciso que haja uma reforma económica global... Bom. É apenas a Minha opinião :)