29/05/2006


...há dias em que a ponte parece estar num equilíbrio frágil entre a fluidez do rio enegrecido pelas estrelas que brilham por os últimos desabafos do sol, e a solidão da noite que se aproxima. É nessas altura que olhamos para trás e ficamos com a sensação que não dissemos tudo ou não tivemos a coragem suficiente para tal. Fica o vazio, ficam as frases inacabadas ficam os olhares vazios. As palavras essas ficam no limbo , no âmago do precipício. Por vezes, o olhar e a expressão reflectem aquilo que o verbo esconde. Mas fica sempre a dúvida, e continuará até que um dia a torrente encha o rio e o sol brilhe de novo, e tudo fique transparente e claro.

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