03/03/2010

...não respondo

Estou e não me respondo.
Assisto. Em mim se decide
um inútil afã e se some
a vida que me preside.

E passo, ainda... Meu nome
há muito não coincide
comigo se estar se consome
e tantas vezes me elide.

Me move o tempo mais frio
de tanto pranto afogado
num quase mito de mim.

Vou morando em desvario
quase em sonho inaugurado
para um começo, meu fim.


Maria Ângela Alvim
(foto by: Catarina)

1 comentário:

Sofia Carvalho disse...

Deste trabalho, só conhecia a foto! Gostei do poema!