01/12/2009

...comes & bebes & pirilampos

...mas que dia louco!! e tudo acabou num jardim em pleno Lumiar com uma caixa transportadora cor-de-rosa choque e os conselhos de uma Falbala que não o era, sobre as virtudes de molhar levemente a ração dos gatos pequeninos com água quente!...uma verdadeira "massagem" em termos anímicos mas que não bastou face à impressão que ficou daquele lobo da tasmânia em com encanto de sylvester...bem pelo menos foi uma hora bem passada, não sem antes ter havido uma árdua e intensa discussão diplomática entre a simpática Cruella de Vil lá sítio e a comitiva que levámos. Digamos que tal como o Lula da Silva, também nós regressamos ao hotel de mãos abanar, mas com a consciência que desempenhamos dignamente o nosso papel. Em suma, tudo se resumiu àquela máxima portuguesa do "quem lê um conto, acrescenta um ponto", só que neste caso o ponto era a antítese e a virgula uma falsa expectativa.

Mas voltemos ao dia que hoje se comemora, ou melhor as múltiplas efemérides que hoje nos inundaram as ruas com cortejos de pirilampos azuis. O Porreiro e o Pá tiveram um dia em cheio, e presumivelmente as empresas de limpeza a seco amanhã vão ter um acréscimo significativo de trabalho, depois de tanto discurso, tanto aperto de mão e tamanho cerimonial de croquete e batata frita lá para as bandas do Estoril.

Ainda a manhã fria e chuvosa despertava os amotinados de 1640 e já o presidente Calderón tentava bater o recorde do nosso Pá, do maior número de assessores e seguranças a correr a arrepio do protocolo. Felizmente que só fui andar de bicicleta para aquelas bandas no sábado à noite, pois provavelmente seria imediatamente interrogado e contra-interrogado por traição à traquilidade pública de tão insuspeita pessoa privada.

Depois de uma intensas negociações em redor de um parágrafo, e de uns quantos folahdos de salsicha mal amanhados embrulhados em pañuelos espanhóis, lá se engendrou umas quantas palavras pó-de-talco que não sararam as "queimaduras de rabinho" entre as diferentes facções relativamente à questão hondurenha, mas que aliviaram os rabinhos dos assessores dos assessores que num afã constrangedor, muitos quilómetros palmitaram entre segredos e notas de rodapé. Ok, atingiram um compromisso. Ninguém saiu queimado...e assim o Lula respirou melhor a caminho de mais uma visita por terras da Europa a sério- a germânia Alemanha, e todos viveram felizes e contentes até entrarem nos respectivos aviões!!

Entretanto, e ainda refeitos do frugal croquete e do bolo rainha simpaticamente oferecidos pela nossa primeiríssima dama, as restantes damas pavoneavam o cortejo de seguranças sobre a nossa história museológica, que refira-se hoje estava de portas abertas. Nos próximos feriados logo se verá!

Noutro canto da cidade, D. João IV esperava amargurado que alguém se lembrasse dele e de todos os compinchas que numa noite algures no tempo, perdida e agora esquecida, nos livraram de um tal Filipe IV para sempre..até à chegada das cadeias de supermercados e de lojas de roupa barata.

Mas sem sombra de dúvida que o dia fica sim, marcado pelo grande gorgulho da dupla Porreiro & Pá...o Tratado de Lisboa. Esse graal da construção europeia que após longos e penosos 5 anos de negociação originou finalmente uma nova visão míope de uma Europa unida sobre um mesmo ideal irreal. E quem mais senão duas figuras ímpares da nossa sociedade, o dinâmico van Rampuy e a estremosa Catherine Ashton para completar a playlist de discos perdidos que esta sinfonia desconcertante nos oferece como prelúdio de uma nova velha Europa.

Em boa verdade, todos estamos encantados e orgulhosos, mas no íntimo estou em crer que quem verdadeiramente mais beneficiou com toda esta passerele de sumidades, foram os ricos albergues da capital e a restauração!...quanto à independência, por acaso alguém a viu?

2 comentários:

Ricardo António Alves disse...

Boa noite. Sou dono de um boxer que desapareceu no Cobre, Cascais, no dia 28 de Novembro. Peço-lhe o favor de ver a foto no meu blogue «A Caverna de Éolo», e se souber do seu paradeiro me avise. Fico-lhe muito grato.
Ricardo António Alves

Ricardo António Alves disse...

O Charlie apareceu, uma semana depois, bem tratado e mais gordo! Foi recolhido por uma família que gosta de animais. Muito obrigado pelo apoio. RAA