05/07/2009

...3 medidas e 1 verdade



nano:

...mas o que ainda ninguém disse é que pelo facto de ex-ministro Pinho ter-se sacrificado com um par de orgulhosas armações perante uma audiência de vestais puras e virtuosas, elevou-o à categoria de mártir do capitalismo! Não é todos os dias que um ministro demonstra a sua virilidade contra um oponente de peso como o líder da bancada comunista o imperial Bernardino Soares, adepto confesso do Aljustrense e admirador do glorioso líder Kim Jong Il . Em seu socorro, para além das confederações patronais e de várias vozes que anteriormente se calavam, surgiu o Comendador mais atípico do nosso quintal- Joe para os amigos! Logo lhe ofereceu um lugar de destaque às rédeas da Fundação Berardo. Mas ainda estou com esperança que o MPinho , depués das merecidas férias, surja numa EDP (dada a sua predilecção e empenho pelas energias renováveis) ou num grande grupo ligado ao sector. Digamos que é o lugar certo para a pessoa ideal. Uma coisa temos que louvar o homem bem que se esforçou e em tempos de crise global, talvez fosse impossível manter a tudo o custo todos os postos de trabalho que se perderam!

pequena:

Mudando a sonata, a pianista MJPires, brilhante cozinheira e dona de casa, ensaia desde há algum tempo a esta parte uma maneira subtil de fugir às dividas que inundam a Associação de Belgais (singular instituição cultural que nos devia honrar a todos). Desta feita anunciou que vai resignar à cidadania portuguesa, tal como outrora o nobel Saramago prometeu, e não cumpriu. isto a pretexto dos coiçes e pontapés que tem levado. Questiono-me se o caso não deva ser tratado como uma questão de má gestão? Será que o Ministério da Cultura tem algo a acrescentar? Como ainda não ouvi nenhum comentário vou partir do principio da boa-fé do Estado para com as suas obrigações.Tal como outros brilhantes vultos da musica e das artes do nosso país, talvez não seja má ideia que ela permanecer no Brasil! Sempre é mais uma emigrante de sucesso! Além disso, o nosso país nos últimos anos tem-se caracterizado por um verdadeiro exportador de talentos e massa cinzenta, ainda que neste caso concreto se trate de uma exportação já tardia!Da minha parte ( e com o aparte da ironia) mantenho a intenção de adquirir e deliciar-me com as obras que ela interpreta para a Deutsche Grammophon, independentemente de ela se tornar cidadã brasileira, nepalesa ou ganesa. A música não tem nacionalidade.

média:

Mudando da pauta para a folha de cálculo, o PS parece ter acordado da letargia que as eleições europeias provocaram no cerne do Largo do Rato e ergueu do baú bafiento das boas iniciativas, uma nova abordagem às PME! o que me fez voltar ao meu báu de recordações ao já longínquo dia 2 de Janeiro quando num meu post "que rumo?" acrescentava a minha ideia de rumo para o país. Mais vale tarde do que nunca e não deixa de ser caricato que foi preciso a futura ex-líder do PSD clamar pela Política de Verdade [noção que ainda não depreendi!] para que as hostes socialistas se desviassem do rumo. No caso concreto e analisando sem complexos ambas alternativas apresentadas aos comensais, o foco principal são as agora PME exportadoras. É curioso logo num país, que desde a época aúrea das Descobertas importa mais do que exporta, mas é um passo que importa dar, para o fortalecimento do nosso tecido empresarial que carece da internacionalização da sua base de sustentação. Onde? Além-mar como quis D. João I. É no Brasil, em África que se julga o destino de Portugal e é lá que o emprego cá será assegurado. Essa referência pareceu-me ignorada nas ideias veiculadas pelo oposição laranja.

Num altura em que o tema forte das preocupações dos portugueses, seria de esperar um pouco mais de trabalho de casa por parte da equipa de assessores do PSD. Novamente aqui a queda para as questões sociais ficaram na gaveta, e o PS volta a dar a volta por cima ao propor a tão ansiada descida da taxa social única "indexada" à idade do trabalhador a contratar. Pode ser um pormenor de somenos importância mas para quem olha para os anúncios de emprego e esbarra com a limitação da "idade abaixo dos 25 anos", bem pode começar a pensar de outra forma. Além disso é sabido que quanto maior a idade do desempregado, maior a probabilidade de desenhar círculos com caneta florescente no jornal diário. Um facto que não descortinei, ou aliás que prefiro não entender é o facto da medida proposta pela Manela expirar em 2010. Um pouco curto talvez!?

Finalmente para terminar a análise das ideias peregrinas, enquanto a Manela afirma a intenção de apoiar as PME através de financiamento por parte do banco estatal , do lado do rato a intenção será apoiar as exportações através da constituição de seguro à exportação [daí o interesse em nacionalizar a COSEC e que foi tão duramente criticado]. Qual das duas vias é a mais acertada: não sei. Mas há uma coisa que tenho presente: as empresas actualmente podem ter a sua capacidade de endividamento exaurida e certamente estarão não à espera de financiamentos a taxas bonificadas, mas algo mais palpável que não interfira na tesouraria futura. Penso eu.

e grande política:

..de momento não temos por cá!

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