26/01/2009

..cantiga do malando

...não sei se me apetece rir ou chorar!!...mas estava a beber um chá enquanto via o noticiário do canal público e depois dos considerandos iniciais (e longos!) do tio do suspeito do costume, a reportagem seguinte mostra o nosso PM muito sorridente ao lado da dama de ferro da educação e seus escudeiros mor naquilo que seria aparentemente o elogia publico ao "esforço" e "empenho" da equipa da educação na luta fraticída que trava contra os detractores do progresso e desenvolvimento do ensino e outra verborreia do léxico politiqueiro. Como gosto de conhecer o rosto e restante obra dos autores que leio fui tentar a minha sorte e deparei-me com o representante português no referido relatório, um docente da Universidade de Aveiro que por sinal é o presidente do Conselho Científico para a Avaliação de Professores, pessoa portanto (in)suspeita na matéria...dos restantes fiquei a saber que são todos peritos internacionais...e que ficaram sublimados e boquiabertos com a revolução operada em Portugal nos últimos três anos! Eu, quiçá enevoado pelas minhas angústias relativamente à qualidade que transborda do referido relatório, mantenho sérias dúvidas ao tipo de ensino que as nossas cobaias hoje em dia são sujeitas. A excelência que o PM apregoou em frente à plateia dos iluminados seguidores, mesclada aqui e ali, com as suas já habituais tiradas arrogantes, esbarra no insucesso com que os infelizes ratos de laboratório são confrontados quando se apercebem [demasiado tarde] das insuficiências em áreas basilares como a matemática, ou mais incrível ainda , o português. No meu caso concreto, tenho sérias dúvidas e demasiadas interrogações quando faço uma leitura, ainda que cruzada, aos manuais do 1.º ciclo do ensino básico. Pro vezes chego à conclusão que mais importante do que ensinar, os actuais manuais escolares são mais coloridos do que os livros de bd que lia quando era mais jovem. Mas aquilo que faz tremer ainda mais as minhas dúbias incertezas, é o caso particular das respostas múltiplas em tudo o que seja manual escolar. Talvez seja demasiado exigente, ou quiçá demasiado démodé...

diz o relatório logo nos primeiros parágrafos que as ditas políticas (...) estão a contribuir para aumentar os níveis de qualidade do ensino básico em Portugal (...)

- O facilitismo dos exames do ano passado estão aí para corroborar!!


(...)O facto de os alicerces da educação estarem bem implantados não garante que esta aconteça.

- Que o prédio caia, não duvido!

Mas o melhor está na pág. 79

(...)Não avaliámos a qualidade da oferta e as aulas que observámos. Não era da nossa competência fazê-lo e apenas vimos uma pequena amostra a nível regional.

- Aposto que foi seleccionada pelos serviços prestáveis do MEducação!!

(...)Acreditamos que os próximos passos terão de ter em consideração as questões que se seguem e esperamos que não surjam como surpresas ao Ministério.(..)

Surpresas!?!? Mas tudo corre na máxima serenidade!!

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